A linha de pesquisa de Direito Civil tem por escopo revisitar todos os institutos do Direito Civil com base na metodologia do direito civil-constitucional, em sintonia com a imperiosa releitura imposta pela ordem jurídica inaugurada pela Constituição Federal de 1988. Com o objetivo de promover essa metodologia inovadora no estudo da disciplina, a linha de pesquisa de Direito Civil (então área de concentração) do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu foi criada em 1994 e reúne em seu corpo permanente professores de projeção nacional e internacional, que propiciam o intercâmbio acadêmico com as melhores instituições de ensino ao redor do mundo. Em termos gerais, a grade curricular de Direito Civil se estrutura em matérias obrigatórias, com destaque para o estudo do Direito Civil-Constitucional e da Teoria da Interpretação, bem como disciplinas optativas que, apesar de sua grande variedade, podem ser agrupadas em dois grandes blocos: Direito das Relações Patrimoniais e Direito das Relações Existenciais. Com base em tais núcleos temáticos, a produção científica da linha se articula em torno dos mais diversos institutos de Direito Privado, incluindo, exemplificativamente, temas relacionados à Teoria Geral do Direito Privado e aos respectivos impactos provocados pela difusão das novas tecnologias (como, por exemplo, em relação aos desafios à proteção da pessoa humana e aos correlatos direitos da personalidade e direitos autorais no universo digital), às transformações do direito das obrigações e dos contratos (inclusive os temas afetos aos contratos eletrônicos, aos smart contracts e aos desafios da economia do compartilhamento ou sharing economy), aos instrumentos de circulação do crédito, aos novos contornos da responsabilidade civil, aos direitos reais e suas transformações contemporâneas (inclusive os novos direitos reais estabelecidos pela ordem jurídica ou pela autonomia privada, como o shopping center, o condo-hotel e os complexos multiusos e multiresidenciais), às diversas configurações das garantias, aos fundos de investimento, aos paradigmas contemporâneos do direito de família e do direito das sucessões (abarcando, por exemplo, tanto os novos perfis das entidades familiares e das respectivas relações de conjugalidade e parentalidade quanto os desafios suscitados pela denominada herança digital e pelo planejamento patrimonial e sucessório), à proteção dos dados pessoais, à proteção do consumidor, aos desafios da inteligência artificial, ao Biodireito, aos direitos humanos e à proteção da personalidade, às vulnerabilidades e estudos de gênero, à tutela dos direitos intelectuais e direitos autorais na sociedade da comunicação. O Programa estimula a perspectiva comparatista e interdisciplinar no estudo do Direito Privado, buscando diálogo com outros ordenamentos, bem como com outros ramos como Direito do Consumidor, Arbitragem e Mediação, Direito Empresarial (inclusive os desdobramentos relativos aos contratos empresariais, ao Direito Societário e ao Direito da Insolvência), Direito da Propriedade Intelectual, Direito Concorrencial, Direito Bancário, Direito Desportivo, Direito do Entretenimento, Direito Ambiental, Direito Imobiliário e Direito Agrário, entre outros.